Por João Pedro Travi em 27/07/10 23:01 GMT-03:00
Desde que vi o filme Endless Sumer 2, há uns oito anos, com aquela sessão perfeita de surf em Cloudbreak e Restaurants, na ilha de Tavarua, Fiji, tinha o sonho de conhecer o lugar.
As ondas e as imagens do lugar são de impressionar qualquer um. Conforme o tempo passou, descobri que aquelas ondas eram destinadas apenas para quem se hospedava no resort da ilha.
Quem não estava no hotel até podia surfar, mas apenas aos sábados pela manhã e com reserva prévia.
Há mais de 15 anos que esta proibição existe, ou melhor, existia, pois desde que o novo presidente assumiu o comando ele tentou mudar esta regra.
Isso aconteceu depois que ele assistiu a uma etapa do World Tour 2008 em Cloudbreak. O presidente ficou indignado como não havia nenhum surfista local participando, nem como convidado, e chegou à conclusão que o único motivo era que os melhores picos de surf eram fechados também para o povo local.
Desde então foi um longa briga para, no último dia 9 de julho, uma lei ser assinada e o surf ficar aberto a todos.
Neste mês julho, passamos uma semana ancorados no reef de Cloudbreak e não fomos incomodados por ninguém da ilha. Íamos surfar com nosso bote e ancorávamos ao lado do pico. Já estamos começando a ver mais surfistas locais na água.
Na última vez que surfamos lá, havia mais de seis fijianos na água, coisa que não havíamos visto ainda nem em Wilkes Pass, uma direita de qualidade e constante que sempre foi liberada. Todo mundo que mora aqui sabe do potencial de Cloudbreak, e deveriam ter muita vontade de surfar no pico, assim como boa parte dos surfistas do mundo inteiro.
O crowd com certeza vai aumentar mas, na minha opinião, é algo inevitável no surf de hoje, já que são muitos os meios de comunicação que promovem o esporte. Li um artigo em um site australiano que falou que Fiji vai ficar igual a Bali, com um crowd de estragar o lugar.
Pensando no crowd, certamente vai aumentar, mas é uma questão de justiça, pois não podem haver ondas proibidas, principalmente para quem mora no lugar. Ainda na ilha de Tavarua tem um pico chamado Right, e algumas poucas milhas adiante tem a ilha de Namoto, com o pico de Namotos Left.
Além disso, tem os picos em Namoto que antes eram liberados como Wilkes Pass e Swiming Pool. Então o crowd pode dar uma dissolvida se ele se espalhar por estes picos. A variedade é grande e há ondas para todos os gostos.
No último dia 22 de julho, conversamos com um surfista fijiano e ele nos disse que o pessoal do resort de Tavarua foi hostil: “Vendo este crowd aqui, a gente se sente como se estivessem estuprando nossa mãe”, teriam dito ao local, que tem todo o direito de surfar ali.
O pessoal do dinheiro até então manipulava tudo e estas ondas eram só para eles e para os seus hóspedes, que pagavam US$ 5 mil dólares americanos por uma semana no resort. Agora terão que dividí-las com quiser surfar lá.
Com a liberação o país todo vai ganhar. Mais pessoas virão surfar por aqui e se espalharão por diversas ilhas, fazendo movimentar a economia do país para todos, e não só para uma mínima parcela.
Todos os resorts, hotéis e pousadas vão ganhar, assim como o pessoal do transporte que leva a galera até os picos, os restaurantes e as lojas.
Nossa passagem aqui por Fiji vai ficar marcada pra sempre. Este ano foi liberado o surf em todos os picos do país.
Fonte: http://waves.terra.com.br/surf/noticia//governo-libera-surf-em-tavarua/42502 as 08:38 hrs do dia 28/07/2010 as 08:39 hrs.
Desde que vi o filme Endless Sumer 2, há uns oito anos, com aquela sessão perfeita de surf em Cloudbreak e Restaurants, na ilha de Tavarua, Fiji, tinha o sonho de conhecer o lugar.
As ondas e as imagens do lugar são de impressionar qualquer um. Conforme o tempo passou, descobri que aquelas ondas eram destinadas apenas para quem se hospedava no resort da ilha.
Quem não estava no hotel até podia surfar, mas apenas aos sábados pela manhã e com reserva prévia.
Há mais de 15 anos que esta proibição existe, ou melhor, existia, pois desde que o novo presidente assumiu o comando ele tentou mudar esta regra.
Isso aconteceu depois que ele assistiu a uma etapa do World Tour 2008 em Cloudbreak. O presidente ficou indignado como não havia nenhum surfista local participando, nem como convidado, e chegou à conclusão que o único motivo era que os melhores picos de surf eram fechados também para o povo local.
Desde então foi um longa briga para, no último dia 9 de julho, uma lei ser assinada e o surf ficar aberto a todos.
Neste mês julho, passamos uma semana ancorados no reef de Cloudbreak e não fomos incomodados por ninguém da ilha. Íamos surfar com nosso bote e ancorávamos ao lado do pico. Já estamos começando a ver mais surfistas locais na água.
Na última vez que surfamos lá, havia mais de seis fijianos na água, coisa que não havíamos visto ainda nem em Wilkes Pass, uma direita de qualidade e constante que sempre foi liberada. Todo mundo que mora aqui sabe do potencial de Cloudbreak, e deveriam ter muita vontade de surfar no pico, assim como boa parte dos surfistas do mundo inteiro.
O crowd com certeza vai aumentar mas, na minha opinião, é algo inevitável no surf de hoje, já que são muitos os meios de comunicação que promovem o esporte. Li um artigo em um site australiano que falou que Fiji vai ficar igual a Bali, com um crowd de estragar o lugar.
Pensando no crowd, certamente vai aumentar, mas é uma questão de justiça, pois não podem haver ondas proibidas, principalmente para quem mora no lugar. Ainda na ilha de Tavarua tem um pico chamado Right, e algumas poucas milhas adiante tem a ilha de Namoto, com o pico de Namotos Left.
Além disso, tem os picos em Namoto que antes eram liberados como Wilkes Pass e Swiming Pool. Então o crowd pode dar uma dissolvida se ele se espalhar por estes picos. A variedade é grande e há ondas para todos os gostos.
No último dia 22 de julho, conversamos com um surfista fijiano e ele nos disse que o pessoal do resort de Tavarua foi hostil: “Vendo este crowd aqui, a gente se sente como se estivessem estuprando nossa mãe”, teriam dito ao local, que tem todo o direito de surfar ali.
O pessoal do dinheiro até então manipulava tudo e estas ondas eram só para eles e para os seus hóspedes, que pagavam US$ 5 mil dólares americanos por uma semana no resort. Agora terão que dividí-las com quiser surfar lá.
Com a liberação o país todo vai ganhar. Mais pessoas virão surfar por aqui e se espalharão por diversas ilhas, fazendo movimentar a economia do país para todos, e não só para uma mínima parcela.
Todos os resorts, hotéis e pousadas vão ganhar, assim como o pessoal do transporte que leva a galera até os picos, os restaurantes e as lojas.
Nossa passagem aqui por Fiji vai ficar marcada pra sempre. Este ano foi liberado o surf em todos os picos do país.
Fonte: http://waves.terra.com.br/surf/noticia//governo-libera-surf-em-tavarua/42502 as 08:38 hrs do dia 28/07/2010 as 08:39 hrs.
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