Uma mulher de 57 anos é a primeira vítima fatal da superbactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC). O óbito foi confirmado na tarde desta terça-feira (26), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). O caso foi registrado em um hospital privado que até então não havia contabilizado casos da bactéria. Além da morte registrada, outro caso também foi confirmado, de uma paciente que está internada em um hospital público. Com isso, chegou a seis o número de infectados pela KPC no Estado.
Segundo informações da SES, a vítima estava internada desde o dia 7 de setembro. Ela sofria de síndrome de Cushing, doença metabólica causada pelo excesso do hormônio cortisol no sangue; hipertensão crônica e diabetes. A causa da morte, no prontuário médico, foi choque séptico e, segundo especialistas, não é possível definir com precisão a influência da KPC no óbito, já que o estado de saúde da paciente era muito grave.
A secretaria foi notificada do caso às 9h desta terça-feira, quando o hospital privado isolou a bactéria nos exames da paciente. Antes que o tratamento recomendado pudesse surtir efeito, a paciente veio a falecer, por volta das 13h. Além de orientar o hospital nas medidas de prevenção, a SES recomendou a coleta de materiais de pacientes que também estavam na mesma UTI, para verificar se há mais pessoas com KPC.
De acordo com o gerente-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, apesar da confirmação do óbito, ainda não há a motivos para alarde. "Todas as medidas estão sendo tomadas. Estamos fazendo um trabalho junto aos hospitais, repassando as orientações para conter o surto. Não há motivo para preocupação da população. Já tivemos outros casos de bactérias resistentes no Estado e desde 2007 realizamos reuniões sistemáticas para tratar do assunto. Estamos acompanhando tudo, não há motivo para pânico", assegurou.
A Apevisa encaminhou a 78 hospitais, tanto públicos como privados, um ofício alertando para a obrigatoriedade da notificação dos casos de KPC. Conforme o Decreto Estadual nº 20.786/98 (Código Sanitário do Estado de Pernambuco), em seu artigo 452, é obrigatória a notificação de doenças e outros agravos que tenham interesse epidemiológico para o Estado. O descumprimento de qualquer norma de proteção à saúde da população acarretará penalidades previstas na Lei nº 6.437/77.
Além do ofício, foram enviadas uma ficha de notificação (a ser preenchida com os dados dos casos suspeitos ou confirmados) e nota técnica da Anvisa, com recomendações sobre as medidas a serem adotadas em caso de diagnóstico de KPC. Os 78 hospitais são unidades que possuem leitos UTI ou têm sua própria comissão de controle de infecção hospitalar.
“Lavar as mãos contribui para evitar contaminação pela superbactéria KPC”, diz médico
Segundo informações da SES, a vítima estava internada desde o dia 7 de setembro. Ela sofria de síndrome de Cushing, doença metabólica causada pelo excesso do hormônio cortisol no sangue; hipertensão crônica e diabetes. A causa da morte, no prontuário médico, foi choque séptico e, segundo especialistas, não é possível definir com precisão a influência da KPC no óbito, já que o estado de saúde da paciente era muito grave.
A secretaria foi notificada do caso às 9h desta terça-feira, quando o hospital privado isolou a bactéria nos exames da paciente. Antes que o tratamento recomendado pudesse surtir efeito, a paciente veio a falecer, por volta das 13h. Além de orientar o hospital nas medidas de prevenção, a SES recomendou a coleta de materiais de pacientes que também estavam na mesma UTI, para verificar se há mais pessoas com KPC.
De acordo com o gerente-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, apesar da confirmação do óbito, ainda não há a motivos para alarde. "Todas as medidas estão sendo tomadas. Estamos fazendo um trabalho junto aos hospitais, repassando as orientações para conter o surto. Não há motivo para preocupação da população. Já tivemos outros casos de bactérias resistentes no Estado e desde 2007 realizamos reuniões sistemáticas para tratar do assunto. Estamos acompanhando tudo, não há motivo para pânico", assegurou.
A Apevisa encaminhou a 78 hospitais, tanto públicos como privados, um ofício alertando para a obrigatoriedade da notificação dos casos de KPC. Conforme o Decreto Estadual nº 20.786/98 (Código Sanitário do Estado de Pernambuco), em seu artigo 452, é obrigatória a notificação de doenças e outros agravos que tenham interesse epidemiológico para o Estado. O descumprimento de qualquer norma de proteção à saúde da população acarretará penalidades previstas na Lei nº 6.437/77.
Além do ofício, foram enviadas uma ficha de notificação (a ser preenchida com os dados dos casos suspeitos ou confirmados) e nota técnica da Anvisa, com recomendações sobre as medidas a serem adotadas em caso de diagnóstico de KPC. Os 78 hospitais são unidades que possuem leitos UTI ou têm sua própria comissão de controle de infecção hospitalar.
“Lavar as mãos contribui para evitar contaminação pela superbactéria KPC”, diz médico
Cuidados como lavar as mãos com frequência e usar álcool gel, em procedimentos hospitalares diários, são essenciais para evitar a contaminação pela superbactéria KPC. Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, João Medeiros, esses são os cuidados básicos que todos os profissionais de saúde devem tomar.
“É evidente que temos que tomar as precauções e isso começa com os médicos e outros profissionais de saúde que lidam diariamente com isso. A primeira medida é a higienização das mãos, as comissões de infecção hospitalar têm que ser atuantes”, observou. Medeiros disse ainda que é necessário fazer uma campanha educativa sobre o uso racional de antibióticos, já que o uso abusivo do medicamento faz com que as bactérias fiquem mais resistentes. “É preciso que haja um controle maior. E a população precisa tomar consciência [sobre o uso indiscriminado de antibióticos]”, afirmou.
O médico disse ainda que a KPC está restrita ao ambiente hospitalar, por isso não há risco de ser encontrada em outros ambientes. Hoje (26), foi publicada no Diário Oficial da União uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que torna obrigatório o uso de álcool (líquido ou gel) para higienização das mãos nas unidades de saúde de todo o país.
A medida é considerada a mais importante para a prevenção e o controle das infecções em ambientes hospitalares, principalmente pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) .
O produto também deverá ser colocado em salas onde haja atendimento de pacientes. O uso do álcool gel a 70% será obrigatório nos estabelecimentos públicos e particulares, que terão 60 dias, a partir de hoje, para o cumprimento da norma. O uso do produto, porém, não dispensa a lavagem das mãos.
Nesta quarta-feira (27), deverá ser publicada a resolução que restringe a venda de antibióticos somente a quem for portador de receita médica.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário