O Corpo de Bombeiros registra, até as 7h desta quinta-feira, 153 mortes causadas pelas chuvas e deslizamentos que atingem o Estado do Rio de Janeiro desde terça-feira. Outras 161 pessoas ficaram feridas por causa das tempestades. Na noite de quarta-feira, um deslizamento no morro do Bumba, em Viçoso Jardim, zona norte de Niterói, deixou pelo menos seis vítimas fatais e dezenas de residências desabadas. As equipes de resgate retiraram com vida do local 21 pessoas.
Foi encontrado próximo das 3h50 o sexto corpo no local do deslizamento em Niterói. Pouco antes, por volta das 3h20, outros dois corpos de pessoas soterradas foram retirados dos escombros. As vítimas fatais são uma criança, cuja idade não foi identificada, e uma mulher. Mais cedo, outros três corpos, de três mulheres, foram encontrados nos escombros. Um deles foi identificado como sendo de Nádia Carvalho, 37 anos.
O deslizamento ocorreu aproximadamente às 19h30, derrubando cerca de 40 casas. As equipes do Corpo de Bombeiros chegaram ao local às 20h50. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio, coronel Paulo Machado, disse que encontrar sobreviventes em casos como esse é mais difícil que no caso do terremoto no Haiti, onde foram encontradas pessoas vivas após 15 dias de buscas.
"Ao contrário de desastres como do Haiti, onde pessoas foram encontradas após 15 dias, em um deslizamento como este é muito difícil encontrar sobreviventes. O trabalho que estamos realizando aqui é tão intenso quanto o que realizamos em Angra. Ainda há esperanças. Enquanto houver, vamos continuar trabalhando", disse o coronel.
O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, afirmou que em casos de deslizamentos de terra, é mais difícil a formação de bolsões de ar que permitam a respiração dos soterrados por mais tempo. Assim, a tarefa de encontrar sobreviventes fica mais difícil.
Mortes por cidade
De acordo com os Bombeiros, o maior número de vítimas fatais está em Niterói (85). A cidade do Rio de Janeiro teve 48 óbitos por causa das chuvas, seguida de São Gonçalo (16). As cidades de Nilópolis, Paulo de Frontin, Petrópolis e Magé tiveram uma morte cada. A corporação afirma que não tem um balanço de desabrigados e desalojados já que as prefeituras dos municípios atingidos ainda não informaram esses dados.
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